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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

POLÍTICA - RASGADA COLETIVA CHAMA RENATO AMARY PARA CONVERSA PÚBLICA

O Grupo Rasgada Coletiva, de Sorocaba, é um grupo/espaço que desde 2010 vem realizando diversos Festivais, Oficinas, Cursos, Debates, Conversas, Mostras ebtre outro. 
Um de seus integrantes, foi espancado no último sábado, dia 29 de outubro, por membros da equipe de campanha do ex-prefeito Renato Amary.
O grupo, através de um vídeo, chama o candidato Amary ao debate. Todos os candidatos a prefeito da cidade de Sorocaba foram ao Rasgada Coletiva para debater suas propostas, menos o candidato do partido PMDB (o mesmo do Collor, do Sarney, do Renan Calheiros...)
O caso começa a repercutir, e até a revista Época, da Rede Globo, deu espaço para o ocorrido. 
Para quem quiser, a página do Rasgada Coletiva pode ser encontrada nos links ao lado... e abaixo.

http://www.rasgadacoletiva.com.br/



"Cavalete Parade": Artista agredido convoca candidato para o debate
Ari Holtz quer conversa pública com o candidato a prefeito de Sorocaba Renato Amary (PMDB)

VINICIUS GORCZESKI
Revista Época

O “Cavalete Parade”, em que artistas renomados – ou aspirantes – recolhem o material de propaganda política irregular nas calçadas para expô-los sob nova tinta ao ar livre agitou Sorocaba no dia da exposição, no sábado (29). O artista Ari Holtz, do grupo Rasgada Coletiva, acabava de se contentar com sua obra e retornava à sede do Rasgada, quando parou em frente a uma lanchonete. Ali, um veículo adesivado da campanha do candidato a prefeito Renato Amary (PMDB) se aproximou, diz Holtz. Ainda segundo ele, quatro pessoas saíram do carro e questionaram-no se havia retirado o material da campanha da rua. “Acho que sim, usei vários cavaletes e pode ser que tenha pego alguns do Renato”, respondeu.

Foi então que um dos homens (eram três, acompanhados de uma mulher) o agrediu. Antes que fosse espancado, ele se desvencilhou e tentou sair do local. Holtz recorda que um dos agressores lhe disse: “Se virmos você de novo, vamos lhe dar um tiro na cabeça”. Ele registrou boletim de ocorrência.



O caso ganhou ampla repercussão no Facebook quando o grupo do qual Holtz faz parte resolveu postar um vídeo no Youtube (ao lado) que conta o ocorrido. Nele, pregam pela liberdade de expressão, e não por justiça ao ataque. Também convocaram Renato Amary para o debate. “Renato, o próprio Ari ligou várias vezes para seu comitê de campanha convidando o senhor para vir na nossa sede conversar sobre políticas públicas para a cultura, diversas vezes. Todos vieram, menos o senhor, infelizmente”, diz um integrante, no vídeo. “Temos agora algo mais importante a conversar, a segurança quanto à nossa integridade física. Vamos conversar publicamente?”

A ÉPOCA, Holtz diz que é preciso repensar a política. “Precisam mudar as práticas eleitorais de hoje, não se pode continuar a fazer política como se fazia no passado”, afirma. Ele e seu grupo, que não têm vínculos com a organização do Cavalete Parade, disseram ser antipartidários. O grupo reclama da campanha do candidato, que o acusou num jornal local de ter tentado agredir uma mulher que saíra do carro.
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Renato Amary disse ser contra qualquer tipo de violência e que o caso precisa ser apurado pela polícia. Sem negar o ocorrido, o candidato disse que colabora com as autoridades. “Da nossa parte, acreditamos na Justiça.” Contudo, ele suspeita que o caso esteja sendo usado politicamente na reta final da eleição, já que está em primeiro lugar em pesquisas de intenção de voto. Pesquisa Ibope o mostra com 37% das intenções de voto, seguido por Antonio Pannunzio (PSDB), com 32%.
O movimento Cavalete Parade


Marco Furtado e Victor Britto na Avenida Paulista, em São Paulo. A ideia dos dois inspirou seguidores em outras cidades (Foto: Camila Fontana/ÉPOCA)

As redes sociais foram usadas por artistas do Brasil para divulgar o Cavalete Parade. A ideia teve inspirações numa resolução da Justiça Eleitoral que impede o uso dos cavaletes entre 22h e 6h e em locais que atrapalhem a passagem, conta um dos autores do movimento, Victor Britto, o outro autor é um colega da empresa de publicidade onde Britto trabalha, Marco Furtado. O movimento, de um mês de vida, se espalhou pela internet e inspirou dezenas de artistas em 23 cidades do Brasil. Segundo Britto, 4 mil artistas na avenida Paulista, em São Paulo, produziram arte em mil cavaletes irregulares. Em Curitiba e Rio de Janeiro, o movimento também recebeu boa adesão. O sucesso ocorreu, aliás, pelo tamanho da irregularidade nesse tipo de publicidade. “Em 80% dos casos, a regulamentação não é respeitada. Isso acontece em muitas cidades do Brasil”, diz Britto.
Apesar do sucesso artístico com o material irregular usado pelos candidatos, Britto “espera sinceramente” que não tenha mais nenhum Cavalete Parade. “Têm de ser proibido esses cavaletes”, afirma. Pensando assim, ele convocará os artistas a assinar um ofício pedindo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a proibição das peças publicitárias nas próximas eleições.

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